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Comando Militar do Leste rememora Intentona Comunista

Publicado: Terça, 27 de Novembro de 2018, 12h35 | Última atualização em Terça, 04 de Dezembro de 2018, 10h01

A solenidade aconteceu na Praça General Tibúrcio, na Praia Vermelha, local em que o combate foi mais intenso e onde está localizado o monumento aos mortos naquele triste episódio de nossa História.

Rio de Janeiro (RJ) - O Comando Militar do Leste (CML) realizou, no dia 27 de novembro, uma cerimônia em homenagem às vítimas da Intentona Comunista de 1935. Em memória, uma corbélia de flores foi posicionada junto ao mausoléu onde estão guardados aqueles que deram suas vidas em prol dos ideais democráticos em 1935. A homenagem foi feita pelo chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), General de Exército Mauro Cesar Lourena Cid; pelo Interventor Federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e Comandante Militar do Leste (CML), General de Exército Walter Souza Braga Netto e pelo General de Exército Ivan de Mendonça Bastos, neto do Tenente-Coronel Misael de Mendonça, uma das vítimas da Intentona.

Como tradição, também foi realizada a chamada nominal de todas as vítimas que tombaram naquela ocasião, além do toque de silêncio e da salva de gala executada por uma bateria de obuses. A solenidade é realizada anualmente, a fim de manter viva em nossa memória a renovação do permanente compromisso das Forças Armadas com a defesa da pátria e dos ideais democráticos. Visa também reforçar a imprescindível coesão entre os irmãos de farda.

Também estiveram presentes no evento os Generais de Exército Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, Francisco Pinto dos Santos Filho, Domingos Carlos de Campos Curado e Rui Alves Catão.

O que foi a Intentona Comunista:

A expansão do ideário comunista no Brasil teve início após a implantação de um regime  ideológico marxista-lenista na Rússia, transformada em União Soviética após a Revolução Bolchevista de 1917. A partir disso, esse país incentivou revoltas com objetivo de recrutar outras nações para sua esfera de influência, patrocinando inclusive a fundação de partidos comunistas pelo mundo.
No Brasil, em 1922, o Partido Comunista, sob a capa de uma coligação denominada Aliança Nacional Libertadora (ANL), liderada por Luís Carlos Prestes, ex-capitão do Exército Brasileiro e ex-líder tenentista convertido ao comunismo, realizou uma tentativa de derrubada do governo de Getúlio Vargas e a instalação de um governo socialista no Brasil. A retórica de renovação política e social pregada pelo Partido Comunista Brasileiro atraiu os insatisfeitos com os resultados da Revolução de 1930.
Então, em novembro de 1935, foi deflagrado um movimento denominado Intentona Comunista, em que militares comunistas ocuparam algumas unidades em Natal (dias 23 e 24) e em Recife (dia 24), tendo inclusive assassinado companheiros desarmados. O movimento resultou em saques, furtos e depredações, e na ocupação de prédios governamentais e militares naquelas capitais.
Os combates mais intensos ocorreram no Rio de Janeiro, a partir do dia 27: no 3º Regimento de Infantaria (na Praia Vermelha); no 2º Regimento de Infantaria e no Batalhão de Comunicações, (ambos na Vila Militar); e na Escola de Aviação (no Campo dos Afonsos).
O Governo, entretanto, estava preparado e contou com a lealdade das Forças Armadas. Os rebeldes foram encurralados pela Artilharia do Exército e da Marinha e dominados rapidamente. No  3º Regimento de Infantaria, tropas da 1ª Região Militar, comandadas pelo General Eurico Gaspar Dutra, impediram que os comunistas deixassem o quartel. Intimados a render-se, os revoltosos não se entregaram. Diante dessa negativa, as tropas legalistas intensificaram os fogos. Pouco depois do meio-dia surgiu uma bandeira branca entre os escombros.
A rebelião foi rechaçada no mesmo dia em que começou. O Plano insensato só reforça a lição de que nenhuma ideologia política contrária aos ideais democráticos é benéfica à Nação Brasileira. O episódio da Intentona - literalmente, "intento louco" -  também nos alerta para os riscos que os extremismos e a polarização política insensata podem representar à estabilidade de uma nação, fraturando o amálgama da identidade nacional e colocando, desnecessariamente, irmãos em trincheiras opostas.

Texto: 2º Ten Hosana/ Fotos: CB Francilaine e SD R. Menezes

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